segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O balão e as mentes brilhantes

Consigo comparar algumas mentes brilhantes com um balão de gás hélio

De tanto encher, sobem aos céus ou simplesmente estouram
Se estouram, conseguem espalhar o seu conteúdo pelo ar
Beneficiando tantos outros com seu conteúdo
Sacrificando sua própria forma pra isso

Mas se sobem aos céus, se sentem altos, superiores
E infelizmente sobem alto demais
Onde nada vão significar
Pois não terão com quem se relacionar lá em cima

Não enxergarão a realidade de lá de cima

Desabafo

Quero encher o peito e desabafar
Desabafo pois não vejo mais ninguém fazendo
E quem faz, faz sem sentido e sem motivo
Grita no meio do barulho, onde ninguém entende nada

Me sinto perdido no meio de tanto barulho
Tanto barulho e pouco resultado
Muita gente reclamando e nada mudando

Não venho aqui discutir o certo ou o errado
Mas faz tempo que não vejo ninguém falando
Sobre as coisas que eu queria falar

Deixo aqui meu desabafo contra o seu desabafo

quarta-feira, 8 de junho de 2011

não falo de mim nem de você, falo sobre eu e você

Temos um vazio tão grande
Tentamos preencher com a atenção dos outros
Afinal somos humanos, certo?
Precisamos de alguém

(A gente busca tanto atenção
De maneiras que você não acreditaria se eu contasse)

Meu alguém é mostrado como alguém padrão, genérico
Eu não aceito! Não quero!
Não quero pronomes, quero substantivos, quero susbstância
Quero alguém pra complementar meu verbo

Meu verbo é amor
Mas não quero no infinitivo
Quero passado, quero presente e quero futuro
Numa dialética, sem linearidade

Não quero objetos, quero relações
Quero relações com letras maiúsculas dos dois lados
Relações que me afetem, te afetem, nos afetem

Não quero o que você faz, nem o que você tem
Quero você e eu, eu e você

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Saudade quente

Minha saudade sempre me trouxe pra casa
Mas dessa vez a saudade me leva daqui
Me leva praquele ano
O ano mais quente da minha vida

Onde senti o calor de uma nova família
O calor de novos amigos
O calor de novos objetivos
O calor do mundo lá fora

Aquele calor descongelou de vez meu coração
De uma maneira que não se permite congelar mais

Me trouxe vontade de pensar
Me deu força pra agir
Me fez voltar pra casa com a cabeça borbulhando de ideias
Renovou de vez meus ideiais

Minha nostalgia hoje é quente
Minha saudade hoje me fez sonhar
E foi um daqueles sonhos

Mais 5 minutos

Hoje acordei na melhor parte de um sonho

Daqueles que não se da conta que era sonho
Até conseguir olhar em volta
E ver que tudo continua como na hora que você deitou

Daqueles que não se lembra onde começou
Mas que da pra jurar que é real

Daqueles que, enquanto você não levantar da cama
Não vai saber se é sonho ou lembrança

Quis ficar na cama, não apenas por 5 minutos

terça-feira, 10 de maio de 2011

Presente vida

Parte 1 - O que não é vida

O passado e o futuro me iludem
Pois não os tenho de verdade
Mas passo o tempo todo vivendo o que não é vida
Revivendo o passado
Planejando viver o futuro


Parte 2 - O tempo perdido

Se eu penso duas vezes antes de me mexer
Se eu deixo pra falar com você amanhã
Eu sei que deixo o presente passar


Parte 3 - O que é vida

E o que é a vida afinal?

É o tempo que eu passo pensando
Pensando em me mexer
Pensando em falar com você


Parte 3.1 - Pensar e agir

O presente foi feito pra pensar e pra agir
Nunca um mais que o outro

Parte 4 - Conclusão (O que aprendi)

Hoje eu descobri
Que a vida é um presente
A vida é o presente


(Não sei se me fiz entender)

terça-feira, 22 de março de 2011

Todos iguais

Somos todos iguais
Não de todo iguais
Nem de todos iguais

Somos iguais na diferença
Somos todos diferentes
De todos diferentes
Então todos iguais

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

... sobre aquilo que acreditei

se até eu faço coisas que eu duvido
se até eu faço coisas que não acredito
falo de coisas que não sei
sinto coisas que não vivo

como pude acreditar no que me foi dito?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Conte primeiro comigo

De todos os cantos já ouvi gritos
Ecoaram por horas ou as vezes dias
Era desespero, eles pediam ajuda
Era desespero, não encontravam saída

Me sinto fraco por ouvir tantos gritos
Por ter contado a tanta gente sobre o que ouvi
Por não ter capacidade de ficar em paz
Por não fazer esse eco parar

Mas também me sinto forte
Por ninguém ter ouvido esses gritos
Ninguém saber o tom da voz
Ninguém ter noção da sua altura

E me sinto feliz, na maior parte do tempo
Por nunca ter chorado por não aguentar o barulho
Mas sim por alguns acordes serenos e uma (nova) voz amiga
Ou pela voz grossa ao telefone me dizendo:

"Se for pra contar com alguém, meu filho
Conte primeiro comigo"

domingo, 7 de novembro de 2010

O óbvio acontece

Pedra preciosa
Bem lapidada
Tem imperfeições
Mas não alteram seu brilho

Na mão do tolo
Na mão da criança
Na mão fraca e trêmula
É óbvio o que acontece