De todos os cantos já ouvi gritos
Ecoaram por horas ou as vezes dias
Era desespero, eles pediam ajuda
Era desespero, não encontravam saída
Me sinto fraco por ouvir tantos gritos
Por ter contado a tanta gente sobre o que ouvi
Por não ter capacidade de ficar em paz
Por não fazer esse eco parar
Mas também me sinto forte
Por ninguém ter ouvido esses gritos
Ninguém saber o tom da voz
Ninguém ter noção da sua altura
E me sinto feliz, na maior parte do tempo
Por nunca ter chorado por não aguentar o barulho
Mas sim por alguns acordes serenos e uma (nova) voz amiga
Ou pela voz grossa ao telefone me dizendo:
"Se for pra contar com alguém, meu filho
Conte primeiro comigo"
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
O óbvio acontece
Pedra preciosa
Bem lapidada
Tem imperfeições
Mas não alteram seu brilho
Na mão do tolo
Na mão da criança
Na mão fraca e trêmula
É óbvio o que acontece
Bem lapidada
Tem imperfeições
Mas não alteram seu brilho
Na mão do tolo
Na mão da criança
Na mão fraca e trêmula
É óbvio o que acontece
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Como saltar um abismo
Entre tantos caminhos
Escolho o que está na minha frente
Não olho pro lado
Não olho pra cima, nem pra baixo
Até hoje, eles sempre me trouxeram pra algum lugar
Mas talvez isso tenha mudado
Pois meus novos caminhos exigem esforço
Exigem renúncias, exigem escolhas
Acho que um dia um caminho exigirá que eu pule
Pule sobre um abismo
Nesse dia, não bastará pular metade, ou quase tudo
Precisarei pular por completo
Preciso escolher se reforço minhas pernas
Ou se construo um avião
Escolho o que está na minha frente
Não olho pro lado
Não olho pra cima, nem pra baixo
Até hoje, eles sempre me trouxeram pra algum lugar
Mas talvez isso tenha mudado
Pois meus novos caminhos exigem esforço
Exigem renúncias, exigem escolhas
Acho que um dia um caminho exigirá que eu pule
Pule sobre um abismo
Nesse dia, não bastará pular metade, ou quase tudo
Precisarei pular por completo
Preciso escolher se reforço minhas pernas
Ou se construo um avião
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
(#LCMA) Otário Eleitoral
Acabou a copa do mundo
Começa o otário eleitoral
E os otários somos nós
Que podemos votar em qualquer um
E mesmo assim o voto parece ser nulo
(Isso não é uma piada)
Começa o otário eleitoral
E os otários somos nós
Que podemos votar em qualquer um
E mesmo assim o voto parece ser nulo
(Isso não é uma piada)
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
O óbvio
Me ponho a escrever
Mas sei que reduntante vou ser
Repetitivo, óbvio, previsível
No juntar dos lábios te ter
Naquele abraço forte te envolver
Emotivo, óbvio, irreversível
Na distância, teu eu quero ser
Hoje aqui, distância não quero ter
Excessivo, óbvio, impossível
Da escolha hoje eu tenho o poder
Do futuro, junto de ti viver
Decisivo, óbvio, possível
Mas sei que reduntante vou ser
Repetitivo, óbvio, previsível
No juntar dos lábios te ter
Naquele abraço forte te envolver
Emotivo, óbvio, irreversível
Na distância, teu eu quero ser
Hoje aqui, distância não quero ter
Excessivo, óbvio, impossível
Da escolha hoje eu tenho o poder
Do futuro, junto de ti viver
Decisivo, óbvio, possível
quinta-feira, 22 de julho de 2010
(#LCMA) A Culpa é de Quem?
Se o mundo virou de ponta-cabeça
Se os valores se inverteram
Se a juventude está perdida
Se as pessoas só pensam em si mesmas
A culpa é de quem? 3X
A CULPA É TODA NOSSA!
Se os valores se inverteram
Se a juventude está perdida
Se as pessoas só pensam em si mesmas
A culpa é de quem? 3X
A CULPA É TODA NOSSA!
sexta-feira, 9 de julho de 2010
(#LCMA) Vai vender você
Estuda o que gosta
E não o que o mercado quer
Pois se você se vender ao mercado
Um dia o mercado vai vender você
Se você não gosta de pensar
Eles vão te adorar
Mas comece a contestar
E logo de lado você vai ficar
Seu conhecimento era pra eles
E agora, o que vai fazer com isso?
E não o que o mercado quer
Pois se você se vender ao mercado
Um dia o mercado vai vender você
Se você não gosta de pensar
Eles vão te adorar
Mas comece a contestar
E logo de lado você vai ficar
Seu conhecimento era pra eles
E agora, o que vai fazer com isso?
quarta-feira, 7 de julho de 2010
(#LCMA) Melodia
A melodia da vida
É as vezes cadenciada
Mas as vezes é dissonante
Mas o importante
É ela tocar no teu ouvido
Como se nunca tivesse fim
(Tão perdendo a agressividade, mas ainda ta valendo!)
É as vezes cadenciada
Mas as vezes é dissonante
Mas o importante
É ela tocar no teu ouvido
Como se nunca tivesse fim
(Tão perdendo a agressividade, mas ainda ta valendo!)
segunda-feira, 5 de julho de 2010
(#LCMA) Dinheiro
Por que correr atrás de dinheiro
Se o que eu mais quero no mundo
O dinheiro não pode comprar?
Se o que eu mais quero no mundo
O dinheiro não pode comprar?
Aviso
Inspirei-me pra escrever letras curtas para músicas agressivas
Vou postando conforme forem ficando prontas
E forem sendo aprovadas por mim mesmo!
Vou colocar a marcação #LCMA pra diferenciar.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
O importante
Se essa brincadeira ficar séria, o que vai mudar?
O que vai sair?
O que vai ficar?
E o que vai entrar?
O importante!
Mas o que é importante?
E se o conceito do que é importante tiver que mudar,
O que vai sair?
O que vai ficar?
E o que vai entrar?
segunda-feira, 7 de junho de 2010
A bolinha de gude e a dor
Já te fizeram engolir duas bolinhas de gude?
Na hora de descer elas entalaram na garganta?
Provocaram dor, indisposição e... dor?
Tua voz ficou fraca e rouca?
Você foi privado do uso de ar condicionado e de tomar coisas geladas?
E ainda não falei do mau humor...
Pois é... essas bolinhas de gude eu dou o nome de amígdalas inflamadas.
E não precisei engolí-las não... elas já nasceram aqui.
E parece que o propósito delas é tornar a minha vida um inferno.
Que levante a mão quem nunca sofreu com amígdalas!
(Provavelmente foram poucos, quase ninguém tem isso)
sábado, 22 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Caminhando e suando
Os olhos doem de olhar pra fora
O corpo todo se esquenta
O planejamento vai todo por água abaixo
Já sei que a missão será difícil
Ao sair, o corpo todo é tomado pelo intenso calor
Um vento leve bate, mas sei que não vai resolver por muito tempo
As pernas começam a bater
Os olhos começam a se acostumar
Com o som no talo, as coisas parecem amenizar
Ou pelo menos minha atenção passa a se desviar
Mas o suor no rosto começa a me lembrar
E a energia eu sinto que começa a drenar
Já não sei mais quem manda em quem
Pois se o calor não estivesse intenso, talvez tão rápido eu não chegaria
Mas se menos rápido eu fosse, talvez o calor eu amenizaria
sábado, 15 de maio de 2010
Até quando é a programação?
Sábado a noite é dia de sair
Sair de perto da solidão
Sair de perto do tédio
Sair de perto da televisão
A solidão que já não me faz escravo
O tédio que já virou amigo
E a televisão que se diz companheira
Mas sei bem o que ela quer comigo
Ela me lembra a solidão
Ela me causa o tédio
E na hora de me dar uma solução
Chega ao fim a programação
domingo, 9 de maio de 2010
Minha cruz
Vivo lutando contra meus inimigos
Mesmo sem vê-los ou ouvi-los
E minha luta somente cessará
Quando um dia não mais senti-los
Luta que não gasta-se sangue
Mas muito suor e energia
Infelizmente essa luta machuca
Se fosse só a mim, a tristeza seria menor
Mas se outro alguém sai machucado
Sei bem que sou o culpado
Mas hoje não me sinto mais triste
E da culpa um cara tem me livrado
Foi aquele que um dia homem se tornou
E na cruz morreu pregado
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Acaba que só faço mal
Às vezes me sinto injustiçado
Mas mesmo assim, um pouco culpado
Num momento jogo do seu lado
Mas de repente, é como se tivesse mudado
Ou será que estou errado?
A intenção, insisto, era boa
E se insisto, não é à toa
Não sei, pra você, como isso soa
Mas espero que, com o tempo, não mais doa
Se um dia com você é tão especial
Não deixe que outros te façam mal
(Por essas e por outras é que não me acho o tal)
terça-feira, 4 de maio de 2010
Pra eu não ser passado
Se hoje saudoso posto
É que de você eu gosto
É amargo o gosto
De chegar ao fim Agosto
E eu estar deste lado
E você estar do oposto
Posto que não há o que fazer
Me ponho a escrever
Espero por você ser lembrado
E pra você não ser passado
segunda-feira, 3 de maio de 2010
O Amor - Amigos
'Hoje, longe, entendo muito bem todos eles'
É sobre os que deixei tão longe
Que jamais serão apenas passado
Pois do presente fazem parte
E no futuro serão próximos novamente
Falo especialmente a eles
Eles sabem quem são
Pois sabem o que passamos
Sabem o que vivemos
Sabem a falta que fazem
Sabem o laço que criaram
Aquela que num abraço e depois num choro, me deixou ir
Aquela que num abraço já choroso, me deixou ir
Aquele que não precisou de lágrimas, mas de letras, para expressar sua tristeza, me deixou ir
Aquele que com promessas e piadas, me deixou ir
Aquele que apenas um abraço não bastou e no choro mergulhou, me deixou ir
Mas todos cientes da volta
Talvez sem tanta certeza, assim como eu, de que tudo desse certo
Essa daqui é pra vocês, irmãos
Que fizeram-me entender o sentido de duas palavras tão simples:
Amor e amizade
É sobre os que deixei tão longe
Que jamais serão apenas passado
Pois do presente fazem parte
E no futuro serão próximos novamente
Falo especialmente a eles
Eles sabem quem são
Pois sabem o que passamos
Sabem o que vivemos
Sabem a falta que fazem
Sabem o laço que criaram
Aquela que num abraço e depois num choro, me deixou ir
Aquela que num abraço já choroso, me deixou ir
Aquele que não precisou de lágrimas, mas de letras, para expressar sua tristeza, me deixou ir
Aquele que com promessas e piadas, me deixou ir
Aquele que apenas um abraço não bastou e no choro mergulhou, me deixou ir
Mas todos cientes da volta
Talvez sem tanta certeza, assim como eu, de que tudo desse certo
Essa daqui é pra vocês, irmãos
Que fizeram-me entender o sentido de duas palavras tão simples:
Amor e amizade
O Amor - Irmã
'Hoje, longe, entendo muito bem todos eles'
Desde pequena, pequena
Hoje tão grande, maior do que eu
Sabedoria maior
Responsabilidade maior
Visão maior
Caráter maior
Descobri que tenho muito a aprender
Com quem tanto eu quis ensinar
Nunca percebi o quanto sempre precisei dela
Apesar de achar que eu é quem fosse o necessário
Sempre vai ser primeira, sempre será única
Amor de irmã, maior que a distância do nosso abraço
Desde pequena, pequena
Hoje tão grande, maior do que eu
Sabedoria maior
Responsabilidade maior
Visão maior
Caráter maior
Descobri que tenho muito a aprender
Com quem tanto eu quis ensinar
Nunca percebi o quanto sempre precisei dela
Apesar de achar que eu é quem fosse o necessário
Sempre vai ser primeira, sempre será única
Amor de irmã, maior que a distância do nosso abraço
O Amor - Pais
'Hoje, longe, entendo muito bem todos eles'
Há controversas de onde saí primeiro
E essa discussão levaria tanto tempo para ser resolvida
Quanto o tempo que eu passaria tentando descobrir quem vem primeiro
Primeiro dentro deste texto
Que representa o que há dentro de mim
No cuidado
Nas orientações
Nas lições
Nas influências de comportamento
Realmente não sei quem vem primeiro
Cada um tem, sim, uma preocupação maior em determinadas áreas
Mas a intensidade não se mostra menor
Se alguém diz que viveu seu primeiro amor consciente
Eu digo que vivi o meu desde meu inconsciente
Pois este sim foi o primeiro amor
Amor pelos pais, amor dos pais
Há controversas de onde saí primeiro
E essa discussão levaria tanto tempo para ser resolvida
Quanto o tempo que eu passaria tentando descobrir quem vem primeiro
Primeiro dentro deste texto
Que representa o que há dentro de mim
No cuidado
Nas orientações
Nas lições
Nas influências de comportamento
Realmente não sei quem vem primeiro
Cada um tem, sim, uma preocupação maior em determinadas áreas
Mas a intensidade não se mostra menor
Se alguém diz que viveu seu primeiro amor consciente
Eu digo que vivi o meu desde meu inconsciente
Pois este sim foi o primeiro amor
Amor pelos pais, amor dos pais
O Amor - Aquele
Não sei quando começa, muito menos quando termina
Não sei medir intensidade
Mas dizem que não se mede, então não há problema nisso
Não sei dizer se já vivi, se já senti
Dizem que quem já viveu, sabe dizer
Mas algo forte eu sei que senti, mas já não sei que nome dar
Falo sobre ele, aquele amor
Aquele ainda busco entender
E como falar dele, se não sei se realmente o conheço?
domingo, 2 de maio de 2010
O não dito
Parte 2 - Do esclarecimento
Me fala, garanto que não sabia
Mas se sabia, confesso que não acreditei
Obrigado, muito obrigado.
Agora fica claro
Tão claro quanto imaginei.
--
Parte 1 - Das tentativas
Quer que eu fique sabendo?
Quer que eu perceba?
Mesmo que se mostre, não vou reparar
Mesmo que indiretamente me fale, não vou peceber
Mesmo que ache que está claro
Mesmo que desenhe...
...bem desenhado, quem sabe.
--
Parte importante - Só pra constar...
Só não me jogue na cara
o que não foi dito.
Me fala, garanto que não sabia
Mas se sabia, confesso que não acreditei
Obrigado, muito obrigado.
Agora fica claro
Tão claro quanto imaginei.
--
Parte 1 - Das tentativas
Quer que eu fique sabendo?
Quer que eu perceba?
Mesmo que se mostre, não vou reparar
Mesmo que indiretamente me fale, não vou peceber
Mesmo que ache que está claro
Mesmo que desenhe...
...bem desenhado, quem sabe.
--
Parte importante - Só pra constar...
Só não me jogue na cara
o que não foi dito.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Quando eu crescer...
A arte de observar o que não pode ser observado
De colocar no papel o que não é palpável
Ver o que o outro não vê dentro dele mesmo
E sempre com o grande risco de se perder por lá
Mamãe, eu já sei o que quero ser quando eu crescer!
Descoberta
Disfarço, me viro, me silencio
Percebe-se que alguma coisa não está certa
A reviravolta que foi feita na cabeça
Se reflete no sorriso sem graça
Na cara fechada, no olhar perdido
Olhando além do que pode ser visto
A reação conheço muito bem
Mas a descoberta, ainda não sei que peso tem
Percebe-se que alguma coisa não está certa
A reviravolta que foi feita na cabeça
Se reflete no sorriso sem graça
Na cara fechada, no olhar perdido
Olhando além do que pode ser visto
A reação conheço muito bem
Mas a descoberta, ainda não sei que peso tem
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Voei só
O sonho do homem sempre foi voar
O meu nunca foi diferente
Só não achei que voaria tão longe
Tão longe do ninho.
Voei só
Mas em terra, nunca estive sozinho.
Pois com lágrimas no rosto e nos ombros, embarquei.E com sorrisos, abraços e boas vindas, aterrissei.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Nostalgia
Quando coisas boas acabam, sempre são lembradas com dor.
Não venha dizer que essa dor é boa, pois não é!
A lembrança é boa, mas a dor é ruim em qualquer situação.
Mas se pudesse escolher no que gastar minha tristeza, seria na nostalgia.
Intensamente
A dor que trás
As decepções
As inimizades
A raiva
O ódio
Não sei viver meus amores sem que sejam intensos.
Levo comigo a lição
As alegrias
As lembranças
E a inspiração, que algumas vezes colocarei em palavras.
Viver a vida é viver os amores intensamente.
Mas se isso não for viver a vida, então ainda não comecei a viver.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Tempo do tempo
Tenho noção do caminho a percorrer, mas ele está cheio de curvas.
De atalhos que não vão levar a lugar nenhum.
Não vejo o fim. Tem fim?
Deixa que o tempo responde, o tempo resolve, o tempo mostra.
Quanto tempo?
Aprendendo
Já chorei, mas já sorri. Este último muito mais.
Já estudei, mas também já dormi. Este último mais ainda.
Será que eu aprendo?
quinta-feira, 11 de março de 2010
Ilustrando essa falta de lógica
Entre o clima tropical e o clima equatorial.
Entre as viagens de carro e as viagens de avião.
Entre o baixo custo de vida e as altas despesas.
Entre o aconchego do lar e as dificuldades da independência.
Entre o sudeste e o norte.
Onde foi escolhido?
Hora da estréia
140 caracteres são suficientes pra mim (A)
não preciso de um blog (B)tenho tempo para escrever (C)
sendo (A) e (B) verdadeiras e (C) falsa, nasce o EscreveDorfo.
usando a lógica da falta de lógica, daqui pra frente.
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